sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mulher no espelho


Uma mulher no espelho pela metade
Sobrevive, é tarde!
Aquece a dor de vários tamanhos em vinhos
Adegas ancestrais da alma
Onde o homem cospe no copo em que bebeu
Onde a flor que era copiosamente cuidada pereceu
A mulher do espelho se volta para o começo de tudo
No dia em que estraçalhava asco de si mesma
E abrigava a condescendência
Tudo nem estava perdido
Era só um breve desejo da alma

A mulher contorce o próprio destino
Escapa miseravelmente da horda
História de sete ventos que açoitam a noite
Levante que as marés ensurdecem com seus mantos de ondas
Fantasma de meias verdades, grandes mentiras:
Estava só no espelho!

Palmas, To
06/11/2009

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